quinta-feira, 12 de julho de 2012


Faz um favor pro teu homem:
Ajuda-o na dor que o consome.
Embora ele isso tenha pedido,
Hoje é só um homem perdido.

Sofrido e machucado, olhando-o
Parece tão imenso o fardo.
Penoso e esquecido, olhando-o
Não se vê o homem do passado.

É tão dura a dor que carrega,
Que quem o vê nem imagina
Que foi ele mesmo quem pediu.
Soltou a mão, que era sua sina,
Abriu a janela e seu amor partiu.

E foi levando tanto lamento,
Que seus olhos só choravam
E por nada acreditavam
Naquele triste momento.

E agora eu ainda peço,
Não despreza o homem que amou.
Do fim poderia haver recomeço.
Da tristeza, surgir a alegria do amor.

Porque o verdeiro amor não tem fim.
E mais uma vez, por fim , eu te peço:
Ajuda o homem que amou.
Porque esse homem hoje eu sou.
E nesse lamento que escrevo,
A cada palavra já não me percebo.
E sinto o vento me levar.
Pra longe de ti, onde não existe amar.
Avise a todos, minha vida.
Sem adeus,
Pra ir, hoje eu não vou tardar.

João Neto
Parnaíba - PI, 22 de Junho de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Tô cansado de ficar lendo sobre definições da vida, do amor, da felicidade. Tô cansado de ficar lendo pessoas tentando arranjar uma maneira de justifcar suas alegrias ou tristezas. Não existe nada por trás, não é um jogo, é uma droga. Existem momentos bons e ruins. Não se explica. Se fosse fácil achar explicações, não haveria dor, remorso ou ódio. Tudo seria facilmente evitado.

É isso, é simples.

João

domingo, 8 de julho de 2012


Desfacelado o peito,
Resta a ferida.
Caleja o feito,
Sou dor entristecida.

Foi-se de mim,
Ou fui dela sem perceber.
E o que restou por fim,
Foi apenas o entardecer.

Diante dos olhos
A tinha sem ter,
Olhos tristonhos,
Não era pra ser.

Saudade que sinto,
Machuca um tanto.
Amor de verdade, não minto.
Saudade de seu véu, de seu manto.

Rosa da minha vida,
Paixão arrazadora,
Por fim, dor sofrida,
Fez do peito masmorra.

Escolha, meu bem.
De tudo que é meu,
O meu melhor, pro teu bem.
Me solte depois,
Me beije na testa,
Apague essa luz,
Me deixe no breu.

Do que sei,
Do que fui,
Não caibo mais aqui.
Eu não sou mais eu.
Algo no caminho ficou.
Caminho que percorri.
Embora saiba o quanto sofri.
Nunca esquecerei, meu amor.
Do teu peito que tanto me amou.

Mas agora eu parto.
Em retalhos, porque é preciso.
E se mais lá na frente desisto,
Sei que será tarde.
Caminho indeciso, nunca visto.
Mas estou farto.
Vou curar minha dor,
Que me machuca, me chora
E no coração, arde.

João Neto
Mês passado ou retrasado.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Olá. Assim começo:


Acabo de ir lá fora tragar meu vício,
Engolir o que em mim há de amargo
E de repente me embriago com a lua,
Que estava linda, mas que na minha
Opinião, prefiro tua beleza nua,
Que tanto amava e hoje não mais tenho.
E que por não ter, agora escrevo assim,
De peito pequeno, mas sereno,
Calando a saudade numa poesia crua.

E assim eu sigo nesses dias mudos,
Fazendo deles um fio de esperança
De pôr fim a esse imenso absurdo
De entre nós dois não haver mais dança.

João Neto
Parnaíba - PI, 02 de Julho de 2012, 04:12.